Um dia, quem sabe...

Um dia escreverei um livro cujas palavras te remoerão o estômago e te farão chegar à conclusão que a porra dessa vida vale a pena; que, apesar e por conta mesmo de sua condição e maldade e egoísmo, o ser humano ainda merece compaixão; que te farão regurgitar a alma e, algumas horas depois, recebê-la de volta pelos orifícios todos; que te farão ter vergonha e orgulho de ser o que é; que te farão o que nenhum calmante ou álcool ou droga jamais te fez; que te farão calar por toda eternidade. Um livro que me extirpará a alma logo após eu escrever sua última palavra. Será o livro da minha vida. E da minha morte.

Top 3 do mês