Até breve

Vou ali fazer uma reformulação rápida na minha mente e volto em breve. Não se preocupem, estarei bem suprido: estou levando iogurte, livros e um restinho de esperança. De quebra, selecionei algumas músicas que serão tocadas no ar, pois para onde vou não há toca-discos, infelizmente. Beberei muita água, prometo. Não dançarei com o diabo (não gosto dele). Se Deus estará comigo aí já não sei. Não seria pedir demais, já que há 7 bilhões de seres humanos ególatras suplicando, todos os dias ou na hora da morte, por sua ajuda? Tenho medo de fantasmas, sobretudo dos meus, esses que resolvem aparecer quando menos espero e tentam me convencer que estou ficando louco. Espero que eles não apareçam justamente no momento em que estarei sozinho e serei, por opção, o indivíduo mais solitário do planeta. Não levarei nenhuma arma de fogo ou de rosas, juro. Aproveitarei a oportunidade para escrever o livro da minha vida. E como é o livro da minha vida, decorarei todas as suas palavras, entrelinhas e tramas e o jogarei fora logo depois. Ele ficará guardado aqui, ó, e será o meu bem mais precioso, juntamente com a(s) minha(s) filha(s), dentre as quais as que ainda não conheço e as que porventura nascerão. Prometo tentar levar à frente o projeto de Brás Cubas, que era criar uma fórmula que solucionaria/solucionará todos os males do espírito. Caso não consiga finalizá-lo, sejam bonzinhos comigo. Pensem pelo lado positivo: eu tentei. Caso consiga, darei as primeiras cápsulas às pessoas que mais amo, das quais não ouso dizer os nomes. Não tomarei muito café, ok? Prometo. Com a água, estou levando várias lembranças: tomarei goles e goles daquelas que me fazem sorrir feito bobo (mais ainda). Quando voltar (se voltar), voltarei diferente, só não sei se rejuvenescido ou envelhecido (mais ainda). Até breve.





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