Estou lendo...

A última música, de Nicholas Sparks


Às vezes me rendo aos best sellers. Não é sempre. Dessa vez, depois de comprar alguns livros em promoção no último final de ano (e dentre eles, uns três best sellers), resolvi levar comigo, a uma viagem de quatro dias, o livro A última música, de Nicholas Sparks, autor estadunidense que sempre aparece na lista dos mais vendidos, inclusive nas listas aqui do Brasil. Até aí nada demais: escritor estadunidense; best seller; muito lido por brasileiros, etc. Estranho seria um autor mato-grossense virasse best seller e, em consequência, fosse muito lido por brasileiros. Mas voltando ao foco desse post: sabe aquela sensação de que "eu já li essa história algumas vezes?" Ou: "eu já vi essa mesma história em dezenas/centenas de filmes outras vezes?". Então, foi essa a sensação que tive, como leitor, quando cheguei lá pra página 70 do livro, que se resume em: 1) adolescente chata, magoada, revoltada, sem causa (ou não); 2) grupinho de jovens que cometem bullyng; grupinho dos esportistas, malhados, bonitos, populares; grupinho de moças fúteis; 3) pessoas comendo cheeseburger com ketchup em quiosques à beira da praia; ou pessoas comendo cheeseburger, com milkshake de chocolate e batatas fritas; 4) final hiper piegas de perdão e recomeço.

É por livros assim, lidos por milhões de pessoas no mundo todo, que fico me perguntando como determinadas fórmulas prontas de narrativa são tão efetivas, já que não trazem nada de novo, nada de interessante, nada de surpreendente e, a par disso, conseguem conquistar tantos fãs, que acreditam piamente que autores como esse são uns verdadeiros gênios, quando são na verdades uns impostores que escrevem de acordo com o modelo, exatamente com fazíamos na quinta série. Lembram?

Se for para ler maaaaais uma história dos típicos adolescentes/jovens dos EUA,  que leia Carrie, a estranha, de Stephen King, publicado em 1974. O resto é cópia mal feita.

Top 3 do mês