10 trechos impactantes do livro "Crisântemo"
"No meio do caos absoluto, a mente humana busca uma ordem, qualquer ordem, um padrão lógico para se agarrar enquanto o mundo desmorona" (Página 9).
"O luto por Lucas, agora, tinha um novo e amargo companheiro: o luto pelo respeito que eu sentia por ele" (Página 22).
"No meio daquele inferno concluí que a matemática não fechava. Se não fosse meu, uma ideia monstruosa emergia, uma nova camada de traição que eu não havia considerado" (Página 25).
"Eu não vou ser um covarde que nem ele! Eu não vou abandonar meu filho como o seu marido de merda fez com você!" (Página 28).
"A raiva dando lugar à compaixão. Basta você ficar. Só... pega a guitarra" (Página 32).
"Eu não tinha mais nada: nem a música, que era meu ar; nada de trabalho; nem relacionamento amoroso; nem parcerias. Nada a que me apegar. Eu era uma porta por onde entravam vários fracassos" (Página 35).
"O som daquele acidente talvez tenha sido, para ele, o som de uma porta se fechando para todo esse barulho e se abrindo para o silêncio absoluto. Essa porta, para mim, não parecia mais um monstro, e sim um refúgio. O único lugar onde a verdadeira paz ainda existia?" (Página 84).
"Sério isso? Ele cuida de você? Isso é uma piada. Eu vi ontem como ele cuidou de você. Seminua, largada, bêbada, no sofá. Quase morta..." (Página 77).
"Eu não desabei; eu me despedacei. O som que escapou da minha garganta não parecia meu (não parecia oriundo do meu corpo), mas chegou àqueles que estavam lá e os forçou a sentir, por um instante, a fratura exposta de meu espírito" (Página 106).
"Ele foi feito pra transformar todo esse lodo em arte. Pra você cantar. Pra você gritar no microfone e fazer o mundo inteiro sentir o que você tá sentindo. É pra isso que Deus te abençoou com essa voz. Não pra se calar" (Página 117).
Comentários